Continuando nosso passeio lusitano, fomos mais uma vez ao Santuário de Fátima, parada obrigatória para minha sogra. Não houve ou haverá viagem a Portugal que ela não fosse ou vá ao Santuário fazer suas orações. Respeito muito sua atitude e sua fé, embora não seja eu uma grande devota. Acredito de fato que a fé é fundamental, mas discordo de alguns procedimentos. Bem, religião, futebol e política não se discute, se convive.
O
Santuário de Fátima está a 130 km ao norte de Lisboa. Mesmo que vocês não tenham nenhum interesse religioso, acho que vale a pena o passeio. Na outra vez que fomos lá, estávamos a caminho do Porto. Desta vez, optamos por incluí-la no mesmo roteiro das cidades de Nazaré e Óbidos, bastante conhecidas e radicalmente diferentes.
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Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima |
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Interior da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima |
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Azinheira grande, árvore situada ao lado da Capelinha doas Aparições, protegia os primeiros peregrinos |
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Capelinha das aparições |
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Esplanada do Santuário de Fátima, foto tomada da escadaria da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Ainda sobre Fátima, as instalações oferecidas aos peregrinos são grandiosas. A imensa esplanada tem duas igrejas nas extremidades. Uma delas, moderna, a Basílica da Santíssima Trindade, com capacidade para quase nove mil pessoas. Na igreja antiga, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, estão sepultados os corpos dos três pastorinhos que tiveram a visão de Nossa Senhora de Fátima, em maio de 1917. Saindo do Santuário, há uma infinidade de lojinhas, restaurantes, hotéis e estacionamentos. E muita gente! Mas tudo muito organizado.
Pagas as promessas, seguimos no rumo de Nazaré, cidade litorânea a 60 km a oeste de Fátima. Como fazia sol (não confundam com calor, pois a primavera européia deste ano está atipicamente fria) e era domingo, o calçadão estava lotado. Gente indo e vindo, todo mundo de casaco. Algumas crianças brincavam na areia alva e fina. Toda a orla é apinhada de restaurantes, bares, hotéis, lojas e quiosques. Foi uma grata surpresa. Como chegamos no meio da tarde, tivemos dificuldade para encontrar um restaurante aberto, mas conseguimos achar um que não decepcionou. O polvo grelhado com batatas ao murro estava honesto. E o vinho da casa à sua altura.
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Praia de Nazaré |
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Maciço onde fica o Farol de Nazaré |
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Calçadão da orla de Nazaré |
Da praia se pode admirar o grande maciço que se eleva ao norte e em direção ao mar. Fomos até lá. O carro vai até a entrada do farol, de onde se tem vista privilegiada da cidade lá embaixo. Melhor mesmo foi ver o local das grandes ondas. Nazaré faz parte dos grandes circuitos de surf, inclusive o de grandes ondas. É de lá o recorde de maior onda surfada no mundo. Vejam aqui a reportagem e as imagens. Juro que havia dois surfistas tentando pegar alguma onda, mas onde estávamos era tão alto que não é possível ver nas fotos.
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Grandes ondas |
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Nazaré vista do farol |
Seguimos então para Óbidos, a 40 km ao sul de Nazaré. A cidade, toda intramuros, parece cenário de filme sobre a época medieval e é de uma beleza singular, simples, mas muito bem cuidada. Não é no litoral. Fica no interior do país, no alto de uma colina que domina a planície ao redor. Como já era final da tarde, havia pouquíssimos turistas. Pudemos degustar o famoso licor de ginja, frutinha prima da cereja. Gostei tanto que trouxe uma garrafa na mala.
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Rua principal de Óbidos |
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Igreja de mil cento e tal! |
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Por toda parte tem esta planta se esgueirando sobre muros e agarrada às paredes |
Depois de tantas estradas e andanças,
back to Lisbon.
Gostaram?
AB
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