Promessa é dívida. E gosto de pagá-las. Ainda mais quando a dívida é falar sobre um dos mais encantadores lugares que já tive a oportunidade de visitar.
Justiça seja feita: só fomos conhecer esta pequena e bela cidade suíça graças à insistência de nosso amigo Abdon Gosson, diretor da Arituba Turismo. Ele é a pessoa mais viajada que eu conheço e uma dica dele não pode ser desprezada.
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centro da cidade e vista do Lago Thun |
Como o nome sugere, Interlaken fica exatamente entre dois lagos, o Thun e o Brienz. Está a aproximadamente 70 km de Lucerna, outra bela cidade suíça.
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centro da cidade e vista do Lago Brienz |
A rede hoteleira de Interlaken conta com mais de setenta hotéis e atende a todos os gostos e bolsos. Há um icônico hotel no centro da cidade que é o Copacabana Palace de lá: o Victoria-Jungfrau Grand Hotel & Spa, com diárias a partir de 400 euros. Só passamos na porta... E vale a pena, pois o prédio é lindo e com belos jardins. Pudemos esticar os olhos e espiar o interior ricamente decorado do restaurante com vista para os Alpes.
Para nosso orçamento, o hotel escolhido foi o
Hotel Rössli, típico estabelecimento familiar, com excelente café da manhã e quartos aconchegantes. Parecia que éramos hóspedes numa casa de nossa família. Diárias para casal em torno de 100 euros.
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estrada de acesso a Interlaken |
Estávamos, eu e meu marido, viajando de carro por vários países europeus. Vindos de Lucerna, sem reserva em hotel, nossa primeira parada (como em várias cidades que visitamos) foi a estação ferroviária, local que costuma ter um guichê de informações turísticas. Em Interlaken não havia guichê, mas um grande painel com o mapa da cidade e pequenos botões indicando os vários hotéis. Ao lado do painel, um telefone para ligar diretamente para o hotel, apertando o botão indicativo no painel. Foi assim que achamos nosso pouso para duas noites.
A cidade tem aeroporto para aeronaves de pequeno porte. Tem também um
cassino para quem gosta da jogatina.
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Cassino |
Mas o ponto alto do lazer em Interlaken é o Jungfrau, donzela em alemão, um dos mais altos picos da Europa, com mais de 4.000 m de altitude. Foi lá que vi e toquei a neve pela primeira vez, uma sensação inesquecível!
Há uma ferrovia, Jungfraubahn, que nos leva até o topo e sua estação final, Jungfraujoch, a mais alta do continente, a 3.454 m. Só este passeio de trem, no qual trocamos de composição duas vezes, é uma experiência para a vida toda. Na terceira e última porção da viagem, os trens são impulsionados pela combinação de cremalheiras e engrenagens, em baixíssima velocidade, devido ao forte aclive. Lá em cima funcionam, além da estação ferroviária, um centro turístico com restaurante, lojas, galeria de estátuas de gelo, escola e aluguel de esquis e um centro de pesquisas metereológicas. Tem até agência de correios! De lá postei um cartão para meus filhos, que chegou bem depois de mim!
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vista lá de cima do Jungfrau |
Seguindo a dica de um outro amigo, soubemos que o ticket mais barato para ir ao Jungfrau era o das seis horas da manhã, originalmente destinado a levar os funcionários que lá trabalham. Era isso que queríamos: experiência diferente e economia. Devido ao horário, não teríamos o café da manhã disponível no hotel. Então fomos a um mercadinho na véspera da aventura e compramos pão, patê, queijo e suco de laranja. Um verdadeiro farnel na mochila! E a vergonha de abrí-lo em pleno trem? Era grande! Mas sempre tem um turista com menos vergonha que a gente. E para nossa sorte tinha um grupo de orientais que iniciou o piquenique quase coletivo. Logo perdemos a vergonha e matamos a fome. Imaginem que saímos do hotel no escuro e só fomos lanchar quando o sol já brilhava. No trem havia também um grande grupo de esquiadores com jeito de profissionais. Coisa bonita de se ver: quando chegamos lá no topo eles saíram do trem já prontos para iniciar a descida nos esquis.
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cartão postal enviado de lá |
Foi em Interlaken que comi pela primeira vez um hamburger vegetariano no McDonald's. Foi lá também que experimentei a sobremesa italiana tiramisù, após um maravilhoso jantar com amigos de Natal que encontramos por puro acaso.
Depois deste paraíso, seguimos viagem para outras muitas belezas, mas cada uma com sua singularidade.
Espero que tenham gostado e se animem para um dia conhecer ou rever esta cidadela nos Alpes.
AB
Obrigado por me citar em suas maravilhosas e inesquecíveis experiências de viagem. Meu prazer maior é saber que posso compartir de alguma forma com os bons momentos de todos que me procuram.
ResponderExcluirAbdon Gossson
Obrigada pelo comentário! Suas dicas são sempre perfeitas!
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