Chegamos lá de carro, provenientes de Saint-Malo, na Bretanha, outra grande descoberta da qual falarei em outro post.
Olhando de longe parece um castelo murado, mas na verdade o Mont Saint Michel abriga uma bela abadia medieval construída em homenagem ao arcanjo São Miguel, entre os séculos 11 e 16, em estilo gótico francês. Originalmente o local era uma pequena ilha na foz do rio Couesnon, com acesso apenas na maré baixa. No fim do século 19 foi construído um acesso permanente. É um dos destinos turísticos mais procurados na França. A maioria dos visitantes vem de Paris em ônibus lotados para estadia de poucas horas.
maré baixa |
maré alta |
Quando chegamos, estacionamos o carro ao lado do acesso, numa área que é inundada pela maré alta. Calma, não fizemos isso como turistas desavisados. Há muitas placas alertando sobre o fato e informando o horário da próxima maré alta. No horário que estacionamos, era permitido e seguro. Seguimos a pé para cruzar o portão de acesso. Logo na entrada da ilha, acertamos o hotel para um pernoite, mas o quarto só estaria disponível após as 14 h. Infelizmente não registrei o nome do hotel, mas há vários intramuros, todos pequenos e com poucos quartos. Há mais opcões no continente, inclusive hotéis de redes internacionais.
Informação importante: na hora que o hóspede faz o check in, é indagado se tem veículo. Em caso positivo, o hotel fornece a chave que libera o dispositivo que protege as vagas destinadas a cada estabelecimento intramuros. Estas vagas ficam no acesso ao monte, sem perigo de inundação. Não é genial? Olha a foto:
Informação importante: na hora que o hóspede faz o check in, é indagado se tem veículo. Em caso positivo, o hotel fornece a chave que libera o dispositivo que protege as vagas destinadas a cada estabelecimento intramuros. Estas vagas ficam no acesso ao monte, sem perigo de inundação. Não é genial? Olha a foto:
Quando entramos no monte, a primeira visão é de uma ruela cheia de lojinhas caça-turistas.
rua principal |
Seguimos adiante em direção à abadia. Vou abrir parênteses: eu me nego a pagar qualquer valor para entrar numa igreja, qualquer que seja a religião. As casas de Deus devem ser abertas ao povo. Se quiser contribuir para a manutenção, quero o direito de fazê-lo espontaneamente e não compulsoriamente. Pois bem, o acesso à abadia para simples visitação era cobrado! Mas se a pessoa quisesse assitir à missa do meio-dia o acesso era livre. Fomos nessa opção e para nossa surpresa os funcionários fecham (fecham mesmo!) a porta da igreja com todo mundo lá dentro e só abrem ao fim da missa. Valeu muito a pena! Quem me conhece sabe que não sou carola de igreja, mas foi muito emocionante assitir à missa em francês, sem entender completamente o idioma, mas sabendo do que se tratava cada passo do ritual. O interior da abadia é bastante austero, quase sem decoração, mas com uma iluminação natural fantástica, dada a localização no topo do monte.
Finda a missa, a porta aberta, pudemos fazer a visitação gratuitamente. Aí sim se vê a beleza do lugar, com jardins muito bem cuidados e vistas panorâmicas de tirar o fôlego.
jardim interno da abadia |
No fim da tarde a turba turística se retira, as lojinhas são fechadas e a cidadela retoma o peculiar ar bucólico. Pudemos então passear tranquilamente pelas ruelas vazias, apreciando a vista que se tem de cima das muralhas ao redor do monte. O clima fica meio triste, mas adequado ao local. Pretendo um dia voltar lá.
Alguns amigos que visitaram o monte em outra ocasião, preferiram se hospedar no continente e disseram que a visão noturna do local iluminado é maravilhosa.
Na manhã seguinte, hora de seguir viagem em direção a Bruges, na Bélgica, passando por Honfleur para almoço e pela bela Ponte da Normandia, sobre o Rio Sena.
Este carro azul era o nosso. Olhem os carneirinhos da Normandia!
Au revoir, Mont Saint Michel.
AB
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